MP que oferece energia gratuita a famílias do CadÚnico começa em Julho

Uma importante mudança no setor elétrico brasileiro promete trazer alívio e conforto para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade social. O lançamento da Medida Provisória MP 1300, que começa a vigorar no dia 5 de julho, amplia significativamente o acesso à tarifa social de energia elétrica. A partir dessa data, famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) poderão ter acesso à gratuidade da conta de luz, desde que consumam até 80 kWh por mês. Essa iniciativa é parte de um conjunto de reformas voltadas para garantir acesso universal à energia elétrica, um recurso fundamental para qualidade de vida.

Quem pode ter luz de graça?

O benefício da isenção total da tarifa é direcionado principalmente às famílias de baixa renda que estão devidamente inscritas no CadÚnico. Essas famílias devem ter uma renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa e um consumo de energia não superior a 80 kWh mensais. Além delas, outros grupos que se enquadram para a gratuidade incluem:

  • Pessoas com deficiência ou idosos acima de 65 anos que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), desde que também estejam no CadÚnico.
  • Famílias indígenas e quilombolas registradas no CadÚnico.
  • Famílias que residem em áreas isoladas, onde a energia é fornecida por sistemas independentes da rede pública tradicional, conhecidos como módulos offgrid.

A inclusão de novas categorias no rol de beneficiários é uma conquista significativa, uma vez que anteriormente a isenção integral da conta de luz estava disponível apenas para indígenas e quilombolas. Essa ampla expansão do acesso à tarifa social vislumbra um avanço no combate à desigualdade social.

Para garantir o direito à tarifa social, as famílias precisam se inscrever no CadÚnico e apresentar a comprovação de renda familiar. A inscrição pode ser realizada em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) disponíveis nas localidades. É importante ressaltar que a tarifa social é automática para os beneficiários do BPC e para as famílias já cadastradas no CadÚnico.

Como é a tarifa social atualmente?

Atualmente, as famílias de baixa renda que estão inscritas no CadÚnico já usufruem de descontos substanciais na conta de energia elétrica, que podem variar até 65% do valor total da fatura. Apesar de representarem um alívio financeiro, esses descontos ainda implicam um custo mensal considerável para as famílias. Com a nova medida, há a expectativa de que o consumo básico, que é limitado a 80 kWh por mês, passe a ser completamente gratuito. Essa mudança não apenas aliviará o orçamento, mas também proporcionará um maior nível de segurança financeira para muitas famílias.

As famílias cuja renda se situa entre meio e um salário mínimo por pessoa e que consomem até 120 kWh mensais continuarão a ter direito a um desconto proporcional, que é calculado sobre a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que compõe cerca de 12% do valor total da fatura de energia.

No total, cerca de 60 milhões de brasileiros vinculados ao CadÚnico deverão se beneficiar dessa nova regulamentação, que prevê um custo estimado de R$ 3,6 bilhões por ano para o sistema elétrico. Este investimento é apresentado pelo governo como um passo fundamental na redução da desigualdade social, proporcionando acesso a um direito básico: a energia elétrica. O acesso à energia não é apenas uma questão de conforto, mas também um fator essencial que influencia qualidade de vida, educação e saúde.

Além da ampliação da tarifa social, a MP 1300 prevê a abertura gradual do mercado livre de energia para consumidores residenciais e pequenos negócios. Até o momento, apenas grandes empresas, como indústrias, têm a liberdade de escolher de qual fornecedor comprar sua energia. A partir de agosto de 2026, o mercado livre estará aberto para indústrias e comércios, enquanto os consumidores residenciais poderão aderir a essa modalidade a partir de dezembro de 2027.

Como o governo pretende equilibrar o setor elétrico?

A implementação da gratuidade na energia elétrica gerou preocupações sobre a saúde financeira do setor elétrico e sobre o risco de que os custos do benefício fossem transferidos para outros consumidores. Para evitar que isso aconteça, o governo colocou em prática um conjunto de medidas estratégicas com o intuito de equilibrar o sistema. Algumas das principais ações incluem:

  • A inclusão de consumidores do mercado livre na divisão dos encargos relacionados à geração das usinas nucleares Angra 1 e 2, garantindo uma redistribuição mais equitativa dos custos.
  • Uma nova metodologia para o rateio dos custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que busca que a cobrança seja proporcional ao consumo de energia sem distinções por níveis de tensão.
  • Restrição às práticas de autoprodução de energia para coibir vantagens desproporcionais que possam ser obtidas por certos grupos de consumidores.
  • Revisão dos critérios para concessão de descontos nas tarifas de uso das redes de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD), para garantir justiça e maior controle na aplicação dos benefícios.

Essas estratégias visam criar um cenário sustentável para o setor elétrico, preservando os direitos dos consumidores mais vulneráveis enquanto mantêm a saúde financeira das empresas do setor. Para que a MP 1300 entre em vigor de maneira definitiva, é essencial a aprovação do Congresso Nacional em um prazo máximo de 120 dias. Caso contrário, a proposta poderá perder a validade, e os benefícios poderão ser revistos.

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MP que dá energia de graça a famílias do CadÚnico começa em Julho

A Medida Provisória MP 1300, que traz a gratuidade da conta de luz para famílias de baixa renda, representa um marco na política de acesso à energia elétrica no Brasil. Ao ampliar o escopo de beneficiários, o governo reafirma seu compromisso com a justiça social e a redução das desigualdades. A ideia é promover um ambiente onde o acesso à energia elétrica não seja um privilégio, mas um direito universal garantido a todos os cidadãos.

A gratuidade da conta de luz é uma excelente notícia para muitos que, com a conta de energia elétrica, enfrentavam dificuldades financeiras. Trata-se de um alívio que contribui para a melhoria das condições de vida, proporcionando mais recursos para outras necessidades básicas como alimentação, saúde e educação.

Por mais que a medida traga esperança, é importante que os beneficiários estejam bem informados sobre os critérios e as possibilidades de acesso à tarifa social. A pressão sobre o setor elétrico e as medidas adotadas pelo governo devem ser acompanhadas de perto, para garantir que não haja efeitos adversos indesejados, como a transferência de custos para outros consumidores.

Perguntas Frequentes

Quais famílias podem se inscrever para ter a tarifa social?
As famílias que estão inscritas no Cadastro Único e têm uma renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa podem se inscrever.

Como faço para me inscrever no CadÚnico?
Para se inscrever, você deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo de sua residência.

O que é a tarifa social de energia elétrica?
A tarifa social é um desconto concedido nas contas de energia elétrica, destinado a famílias de baixa renda, que pode, em alguns casos, chegar a 100% de isenção.

Quando a MP que dá energia de graça a famílias do CadÚnico começa a valer?
A MP começa a vigorar no dia 5 de julho.

Qual será o custo estimado para o governo implementar essa medida?
O custo estimado para viabilizar a gratuidade é de R$ 3,6 bilhões por ano.

Como o governo garante o equilíbrio do setor elétrico?
O governo implementará ações como novo rateio de custos e inclusão de consumidores do mercado livre na divisão de encargos, entre outras estratégias.

Conclusão

As crescentes iniciativas do governo brasileiro para ampliar o acesso à energia elétrica são um passo fundamental rumo à promoção da justiça social. A MP que dá energia de graça a famílias do CadÚnico, que começa em Julho, representa um marco significativo na temática da inclusão social e do combate à desigualdade. A gratuidade na conta de luz não apenas traz alívio financeiro, mas também amplia as oportunidades de desenvolvimento para milhões de brasileiros. A energia elétrica é um recurso indispensável para o cotidiano e para garantir um padrão mínimo de qualidade de vida. A expectativa é que essa medida, juntamente com outras reformas abrangentes, contribua para um Brasil mais justo e igualitário.